Argumento
A Escola de Belas Artes, tendo, de início, o nome de
Academia de Belas Artes, foi fundada em 17 de dezembro de 1877, por Miguel
Navarro Y Cañizares, e passou a ser denominada de Escola de Belas Artes da
Bahia, por força da reforma do ensino secundário e superior da República, em
1891, feita por Benjamim Constant.
Para a fundação da Academia de Belas Artes da Bahia, Miguel Navarro Y Cañizares teve o apoio do Presidente da Província, Henrique Pereira de Lucena (Barão de Lucena), e contou com a prestimosa colaboração de artistas e profissionais liberais da época.
O primeiro espaço da Academia foi o atelier do seu fundador, a própria casa de Cañizares, no segundo andar de um grande sobrado, na Praça do Palácio.
Os primeiros decênios de sua existência descrevem um fase heróica, quando as ameaças de extinção só foram dizimadas pelo esforço comum, pelas subvenções e pela ajuda de alguns beneméritos.
A Escola de Belas Artes alcança o fim do século XIX com o reforço de artistas estrangeiros como: Maurice Grun, pintor russo, o escultor Joseph Gabriel Sentis e o escultor italiano Pascoale de Chirico, autor de inúmeros monumentos em praças públicas de Salvador.
Em 1948, de posse da sede própria, a Escola de Belas Artes incorporou-se à Universidade Federal da Bahia, graças ao empenho do Reitor Edgard Santos.
No início deste século XXI, a Escola de Belas Artes busca, dentro do âmbito universitário, acompanhar o desenvolvimento tecnológico, atualizando seus cursos de graduação e desenvolvendo seu programa de pós-graduação em artes visuais.
Para a fundação da Academia de Belas Artes da Bahia, Miguel Navarro Y Cañizares teve o apoio do Presidente da Província, Henrique Pereira de Lucena (Barão de Lucena), e contou com a prestimosa colaboração de artistas e profissionais liberais da época.
O primeiro espaço da Academia foi o atelier do seu fundador, a própria casa de Cañizares, no segundo andar de um grande sobrado, na Praça do Palácio.
Os primeiros decênios de sua existência descrevem um fase heróica, quando as ameaças de extinção só foram dizimadas pelo esforço comum, pelas subvenções e pela ajuda de alguns beneméritos.
A Escola de Belas Artes alcança o fim do século XIX com o reforço de artistas estrangeiros como: Maurice Grun, pintor russo, o escultor Joseph Gabriel Sentis e o escultor italiano Pascoale de Chirico, autor de inúmeros monumentos em praças públicas de Salvador.
Em 1948, de posse da sede própria, a Escola de Belas Artes incorporou-se à Universidade Federal da Bahia, graças ao empenho do Reitor Edgard Santos.
No início deste século XXI, a Escola de Belas Artes busca, dentro do âmbito universitário, acompanhar o desenvolvimento tecnológico, atualizando seus cursos de graduação e desenvolvendo seu programa de pós-graduação em artes visuais.
Os
cursos de Arte em nível de graduação no Brasil iniciaram nos anos 30 com a
criação de universidades em algumas regiões. Somente 50 anos mais tarde a
constituição da pós-graduação em ensino de arte e a mobilização profissional,
entre outros movimentos passaram a acompanhar o ensino artístico, até sua
expansão por meio da educação formal e de outras experiências (em museus,
centros culturais, escolas de arte, conservatórios, etc.).
Dentre as mais relevantes interferências sociais e
culturais que marcaram o ensino e aprendizagem artísticos brasileiros, podemos
destacar: a discussão e a luta para a inclusão e obrigatoriedade de Arte na
escola regida pela Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, após a
Constituição Brasileira de 1988; a retomada das investigações e experiências
pedagógicas no campo da arte com a sistematização de cursos de pós-graduação e
mais recentemente, a nossa mais nova conquista é a inclusão do ensino sobre
“História e Cultura Afro-brasileira” no currículo das escolas públicas
municipais de Salvador, que alcançou logo em seguida âmbito nacional, amparada
pela Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, conteúdos estes que são orientados
para serem abordados nas disciplinas de Educação Artística, Literatura e
história Brasileira.
A preocupação com a
educação em arte tem mobilizado pesquisadores, professores, estetas e artistas,
os quais vêm procurando fundamentar e intervir nessas práticas educativas. No
Brasil, desde o final dos anos 80 têm-se divulgado inúmeros trabalhos desta
ordem, tanto aqueles elaborados aqui como em outros países. Isso apontou
perspectivas mais realistas para o aperfeiçoamento deste quadro específico de
professores.
Sabemos que a
disciplinas de arte na escola até alguns anos atrás foram lecionadas em sua
maioria por professores de diversas outras áreas, entre eles, professores de
desenho geométrico, história, etc. contando também com o empenho de artistas
que, empregaram seus conhecimentos específicos para contribuir com as
exigências curriculares que se transformara em leis nacionais.
A Escola de Belas Artes
da UFBA, com 140 anos de existência, uma das primeiras escolas
dedicadas à formação de artistas e professores de artes no Brasil, tem uma
importância histórica e cumpri o seu papel entendendo que o ensino da arte pode
ser um dos caminhos que contribui para os processos transformadores da
sociedade.
Acreditando que a Escola de Belas Artes tem um papel
específico frente às conquistas alcançadas na ordem social, nós, enquanto
educadores, artistas e pesquisadores em arte, no esforço de conceber e discutir
práticas e teorias de educação escolar, superior e pós-graduação para essa
realidade, propomos o aprofundamento de estudos referente às transformações
sócio-educativas abordadas no âmbito do ensino da arte, como disciplina que
possibilite a inclusão de saberes e conhecimentos da arte popular, da arte
africana e da arte indígena, na formação de professores para atender as
demandas escolares.
Considerando estes
aspectos, entendemos o ensino da arte como processos dinâmicos e
transformadores que devem ser construídos com pesquisa e prática educativa e
progressiva em favor da autonomia do ser e dos educandos, portanto, o ensino de
arte deve ser tratado também como medidas que visam preparar seres humanos
capazes de interferir, orientar e educar na formação de novos cidadãos tomados
como agentes sociais.
A necessidade de criação
de um curso de pós-graduação em arte-educação dessa natureza emerge
oportunamente não somente para cobrir um currículo complementar na formação de
profissionais, mas para descobrir diversos outros currículos, a partir das
diversas realidades às quais enfrentamos na prática educativa.
Tomando com base o currículo dos cursos de formação
de professores de arte nas áreas de dança, teatro, música e artes .plásticas
percebe-se uma carência de discussão mais aprofundada que contextualize as
áreas da arte popular, afro-brasileira e indígena, como saberes que oferecem
conteúdos fundamentais para o entendimento dos processos históricos, políticos,
sociais e culturais.
Nesse sentido, propomos
uma prática mais consciente, crítica e participante que contemple áreas de
conhecimentos voltadas para a discussão de políticas públicas,
interdisciplinaridade, diversidade e identidade cultural, inclusão de novos
saberes no pensamento contemporâneo da arte, sem deixar de considerar as
contribuições de outras perspectivas pedagógicas.
Acreditamos, sobretudo que este curso vem abrir novos caminhos para a
discussão da diversidade cultural brasileira enquanto recurso para educação
formal, pelos valores necessários para o entendimento da sociedade como um
todo, suas diferenças e desigualdades, valores que necessitam ser discutidos
como elementos concretos, interferentes no âmbito da ciência, da arte, da
educação e da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.